Um olho na Selic e outro no IPCA !
Na arte sobre o Boletim Focus que o Banco Central publica toda segunda-feira sobre o resultado da pesquisa de mercado feita na semana anterior, chama nossa atenção o único indicador que mudou e para melhor, que foi a previsão do PIB.
Mas o que eu destaquei foram dois dados que devemos sempre comparar, porque a diferença entre a Selic e o IPCA é o que o mercado chama de juros reais, ou seja, a taxa de juros descontada a inflação. Devemos fazer este cálculo sempre que escolhemos ativos de renda fixa, seja pré-fixado, pós-fixado ou híbrido.
Na expectativa projetada para o final de 2023 temos um juro real de 6,89% aa. No momento, após a redução de 0,50% da última reunião do COPOM, o Brasil perdeu a incomoda primeira posição no ranking de países com os maiores juros reais do planeta, fomos ultrapassados pelo México com 6,61% aa contra nossos 6,30%; mas se confirmadas as projeções, vamos recuperar a posição até o final do ano.
Outro ponto que se comenta é que com a Selic em 12,75% aa que equivale a uma taxa mensal de 1,0050% bruta, dificilmente se consegue aquela rentabilidade desejada por muitos de 1% ao mês nos investimentos, uma vez que aqueles isentos de IR dificilmente oferecem rendimentos de 100% da Selic ou mesmo do CDI que sempre muito próximo da Selic, hoje em 12,65% aa.
O que eu sempre repito aos meus alunos e seguidores é que a melhor estratégia é a da carteira equilibrada entre renda fixa e variável, com uma boa diversificação, respeitando nosso perfil de investidor, nossos propósitos financeiros e o momento de vida de cada um.
Para qualquer cenário o melhor aliado é o conhecimento, procure investir em ativos que você conhece, estude, não siga cegamente a indicação do gerente do banco ou do assessor de investimento, lembre-se que eles são empregados das instituições e são remunerados pelos produtos que indicam.
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